Uma leve tapa nas costas, um aperto de mão forte e descompromissado, um elogio sincero são manifestações espontâneas que revigoram um político. Como se sente quem é indiferente aos olhos e opinião dos cidadãos?
O contato positivo com os cidadãos mostra que o governo está no rumo certo, agradando a quem deve trabalhar para tornar suas vidas melhores ou menos sofridas.
Quando um prefeito não desperta a atenção quando sai às ruas, caminha como um desconhecido, sempre olhando para o chão, mirando o bico dos sapatos, parecendo estar envergonhado, algo estranho, de anormal, está acontecendo.
Não é timidez, porque existe político incompetente. Mas tímido, não. O problema é de popularidade. Quando não é cumprimentado e festejado por desconhecidos – os tapinhas de conhecidos não vale – é porque a sua imagem está em baixa.
Caminhar a passos largos, acompanhado por segurança, é uma das várias demostrações de que o político sabe que não está agradando aos seus conterrâneos. O ocupante do cargo de prefeito de uma cidade do porte de Feira não pode ter o luxo do anonimato nas ruas.
A não ser que a sua gestão seja considerada regular nas pesquisas de opinião, definição que nada diz sobre expectativas. Para quem crava regular, o governo nem fede nem cheira, não é quente nem frio, nem feio nem bonito.
O regular, não se sabe se para bom ou ruim, que está longe da sua definição, reflete na indiferença dos cidadãos, que não recebem nem desejam um bom dia para um prefeito que passa apressadamente, a passos regulares, como o governo.
Texto Batista Cruz
Foto: Secom