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quinta-feira, 19 setembro, 24
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Vendedor que criou tradição no Anel de Contorno é o mais novo Cidadão Feirense

 

As mãos calejadas, pelo trabalho e pelo tempo, marcam a trajetória de um homem que há 40 anos decidiu mudar-se para Feira de Santana. Desde então, passou a fazer parte da paisagem do Anel de Contorno – Avenida Eduardo Fróes da Motta – com seus rosários de licuri. Este é Jorge Barbosa de Oliveira, popularmente conhecido como Jorge do Licuri, paraibano que, na noite desta terça-feira (17), em sessão solene da Câmara Municipal, tornou-se, oficialmente, cidadão feirense, por meio do Projeto de Decreto Legislativo de número 27/2023.

O licuri, fruto de palmeira típica da região Nordeste, nem sempre foi a sua principal fonte de renda. Em busca de melhores oportunidades de emprego, Jorge Barbosa deixou a sua cidade natal, Desterro – PB, e trabalhou em grandes empresas, como a antiga Odebrecht. Anos depois, o homenageado passou a vender pastel no Centro de Abastecimento de Feira de Santana, onde observou crianças comprarem rosários de licuri. Foi então que decidiu investir em uma grande quantidade do alimento e viajar a Salvador, para comercializar o produto nas proximidades do estádio Arena Fonte Nova, durante um jogo da Seleção Brasileira contra o Uruguai. Em duas horas, ele vendeu todos os 600 cordões recheados de licuri para os torcedores que estavam no local.

Hoje, a sua fiel clientela pode encontrá-lo em diversos pontos do acostamento do Anel de Contorno, ou ainda, em municípios vizinhos, onde comercializa seu típico produto em dias de eventos.
Emocionado por receber o Título de Cidadão Feirense, Jorge do Licuri dedicou a honraria aos familiares e, acima de tudo, aos trabalhadores que, assim como ele, “não desistem da luta”. O seu agradecimento foi extensivo a todos que estavam presentes na sessão solene em sua homenagem, incluindo o ex-vereador Marcos Figueiredo, para quem o trabalho artesanal de Jorge “é uma arte” e seu reconhecimento ficará registrado para sempre, tanto nos anais da Casa Legislativa, quanto na própria história de Feira de Santana.

“Eu comparo o senhor a compositores de canções que ficam para a eternidade”, disse Marcos.  A reflexão do ex-vereador fica evidente ao observar a figura de Jorge do Licuri em obras literárias e artes plásticas que retratam o município, comprovando que mais do que satisfazer aos que gostam de comer um licuri de grãos selecionados, a sua atividade alimenta uma tradição que resiste e reforça a cultura popular em Feira de Santana

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