No último dia 20/12 com o título, Tragédia anunciada, o Digaì Feira publicou uma matéria alertando as autoridades local, o preocupante estado físico da base do outdoor eletrônico instalado entre as esquinas da rua J.J. Seabra e Avenida Presidente Getúlio Vargas, próximo a antiga caixa eletrônica da Caixa Econômica Federal, ao lado da Praça dos Sapateiros, no Centro de Feira de Santana.
Após publicação, a matéria foi enviada ao Engenheiro Civil Jaime da Cruz, e o mesmo se comprometeu fazer uma avaliação in loco da situação. Nessa sexta-feira (29) o profissional foi ao local e fez uma análise profunda da situação.
Segundo Jaime da Cruz, o processo de corrosão ele é contínuo, ele não para. Então, ele vai tirando as propriedades do metal, vai fragilizando, a tendência no futuro é ruir.
“Acredito que não há risco imediato de colapso dessa estrutura, o que pode vir a acontecer se não forem tomadas providencias imediatas para barrar o processo avançado de corrosão e a aplicação de produtos específicos para a proteção da estrutura, principalmente ao nível da base”.
Abaixo a avalição na integra do Engenheiro Civil
COLUNA EM ESTRUTURA TUBULAR PARA OUT DOOR
Av. Getúlio Vargas, cruzamento com a rua J.J. Seabra
Por uma análise inicial do problema, através de fotos atuais e in loco, o que se observa é um processo de corrosão na base da coluna tubular, provavelmente provocada pelo acúmulo de água nesse local, e que ocasionou um processo de oxidação e, consequentemente, o seu avanço pela falta de manutenção adequada da estrutura.
A base da coluna está num processo avançado de corrosão e, pra uma verificação mais detalhada, teríamos que remover essa corrosão para se observar o seu estágio atual e o que fazer.
Os enrijecedores da coluna, igualmente atacados pela corrosão, se encontram alguns já com perda da seção original e outros seguindo o mesmo processo.
A placa de base, que faz a ligação da coluna e dos enrijecedores com os chumbadores, também está num processo de corrosão avançado.
Toda a estrutura (coluna, enrijecedores, placa de base e chumbadores) foi projetada (calculada, imagino eu), para suportar as cargas verticais e horizontais, as quais estão presentes num empreendimento desse tipo.
As perdas de seção que já ocorreram na estrutura, e que vão continuar ocorrendo se não houver nenhuma atenção para esse problema, implicam que ela vai perder suas características ideais de projeto, comprometendo sua estabilidade e a segurança no seu entorno.
Acredito que não há risco imediato de colapso dessa estrutura, o que pode vir a acontecer se não forem tomadas providencias imediatas para barrar o processo avançado de corrosão e a aplicação de produtos específicos para a proteção da estrutura, principalmente ao nível da base.
Feira, 29/12/2023
Jaime da Cruz
Engº Civil