Pouca gente prestou atenção porque o Touro do Sertão já tinha ido para o brejo desde a rodada anterior, mas o Fluminense de Feira, no domingo (10), sacramentou a permanência por mais um ano na segunda divisão do Campeonato Baiano. O desempenho em campo, aliás, foi tão sofrível que a equipe sequer conseguiu atiçar as esperanças da torcida ao longo da competição. Foram só três vitórias em 11 jogos disputados. A esperança de ascensão não se sustentou nem até a última rodada da primeira fase.
Em sua longa trajetória no futebol profissional da Bahia, o Touro do Sertão permaneceu durante décadas na primeira divisão estadual. Foi rebaixado pela primeira vez somente em 1998. Mas já no ano seguinte conseguiu assegurar o retorno, superando o Galícia numa emocionante disputa por pênaltis. Naquele 1999, além do Fluminense, mais dois times feirenses disputaram a segundona do Baianão: o Bahia de
Feira e o Astro.
Em 2013 a equipe mergulhou novamente no pesadelo da segunda divisão, depois de quase cair no ano anterior. Em 2014 a campanha foi sofrível e o time não foi além dos 12 pontos em nove jogos.
No anos eguinte veio a redenção: em inesquecíveis jornadas – cinco vitórias em oito jogos – a equipe voltou àe lite do futebol baiano vencendo o Atlético de Alagoinhas por 2 a 1 num Joia da Princesa com mais de 9m il pagantes.
A maciça presença de público no estádio – os ingressos custavam só R$ 5 – despertou a atenção da imprensa esportiva nacional, impressionada com a demonstração de paixão do torcedor feirense. A bilheteria da equipe chegou a superar confrontos de equipes da Série A do Brasileirão. Sucesso em campo e nas arquibancadas.
Ano que vem o Touro do Sertão vai repetir o triste recorde de, pela segunda vez consecutiva, não figurar na elite do futebol baiano. Em 2022 o desempenho modesto da equipe – para não dizer medíocre – injetou poucas esperanças no torcedor. Ano que vem, caso não consiga subir, o Fluminense vai sacramentar um feito negativo inédito, três temporadas consecutivas na Série B em 2024. Isso apesar de sua torcida apaixonada que, em 2022, sem grandes esperanças de ascensão à Série A, apareceu pouco no estádio.
Desde já o cronômetro está em contagem regressiva para evitar que a catástrofe aconteça…
Por André Pomponet
Fotos: Luiz Tito