Na noite desta sexta-feira(23), vésperas de São João e abertura dos festejos juninos de Feira de Santana, o forrozeiro Targino Gondim levou o tradicional arrasta-pé para o palco do Feira Cidade Forró, em Maria Quitéria, distrito de Feira de Santana (a 109 quilômetros da capital). Outros ritmos musicais também ecoaram da sua voz e de sua sanfona, algo que contradiz ao seu posicionamento em relação à “invasão” de outros gêneros musicais nos festejos juninos.
Antes do show O Digaí Feira teve acesso ao camarim do artista e fez duas perguntas:
DF – Targino Gondim, como você avalia o seu retorno a Feira de Santana?
TG – Fico feliz por mais uma vez tocar em Feira de Santana, é sempre bom a gente fazer parte dos festejos juninos, principalmente nos locais que você sabe que as pessoas curtem e gostam do que você faz. É como voltar para casa após rodar por aí.
DF – Forrozeiro nato, como você analisa a “penetração” de outros segmentos musicais nos festejos juninos?
TG – Estamos lutando para que aprovem a Lei Luiz Gonzaga. Recentemente eu, Santanna, Alcymar Monteiro e Flor de Mandacaru fomos a Brasília buscar junto o deputado Arthur Lira e outros deputados o avanço para a aprovação desse projeto.
Essa Lei irá obrigar que 80% das verbas investidas no período junino sejam destinadas às pessoas que produzem os festejos juninos. São os artistas, as quadrilhas, enfim, tudo que é essencial para a realização da festa. Esperamos que o poder público se situe e manifeste, para a gente não perder a cereja do bolo.
Após a entrevista, no palco o músico manteve em destaque o forró, mas apresentou outros ritmos, como o reggae, samba, pagode e alguns clássicos da MPB.
O público curtiu e dançou conforme a música, na verdade excelente show, mas, e a Lei Luiz Gonzaga?
Fotos: Luiz Tito