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sábado, 25 outubro, 25
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Sobrevivência Jornalística: A Pauta de Juazeiro que Virou Lição de Amizade e Superação

Crise e Solidariedade: A Inesquecível Missão da Revista Bahia Viva no ‘País das Carrancas’

Uma pauta jornalística na década de 90, que prometia ser a cobertura de uma Feira Internacional de Agronegócios em Juazeiro, na Bahia, transformou-se em uma inesquecível prova de amizade e resiliência para os jornalistas  Luiz Tito e Wilson Mário. O projeto ambicioso da extinta Revista Bahia Viva, veículo feirense  impresso de circulação mensal fundado por Miranda (dono da gráfica Radame), falhou em honrar com a logística e os custos da viagem, deixando a dupla à mercê da sorte em uma cidade desconhecida.

Apesar da estrutura inicial de excelência, com gráfica de qualidade e equipe capacitada, o projeto editorial não decolou, culminando nesta tensa aventura no Norte do estado.

Desafios e Desamparo na Terra das Carrancas

​A viagem para o sexto município mais populoso da Bahia, conhecido como Terra das Carrancas, iniciou com pompa. Os jornalistas se hospedaram em um hotel de altíssimo nível em Petrolina, Pernambuco, separados do evento em Juazeiro apenas pela ponte sobre o Rio São Francisco. A promessa de que o dinheiro das despesas seria transferido para Wilson Mário antes da chegada, contudo, nunca se concretizou. Por quase uma semana, a dupla viveu o drama da falta de recursos, com a alimentação restrita ao café da manhã do hotel e a direção do estabelecimento ameaçando recorrer à polícia diante do impasse financeiro.A comunicação precária da época dificultava o contato com o responsável pela revista, Miranda, intensificando a sensação de abandono.

O Socorro dos Amigos e a Resposta no A Tarde

​No auge do desespero, Wilson Mário buscou socorro no amigo e saudoso Moacir Alexandrino, renomado jornalista que trabalhou décadas no jornal A Tarde e morava na região. Prontamente, Moacir quitou todas as despesas de hotel, ofereceu uma suculenta feijoada em sua residência e ainda fez um empréstimo para que a dupla pudesse se locomover.

Em um restaurante, enquanto relaxavam da estressante situação, conheceram o repórter fotográfico Ivan Cruz, parceiro de Moacir no A Tarde, que, após ouvir a história, insistiu em pagar as despesas do local. A amizade ali nascida se estenderia por anos, com Tito e Ivan Cruz posteriormente trabalhando juntos no mesmo jornal.

Após um breve e inusitado giro pela cidade, onde ocorria uma festa com um trio elétrico, ocorreu  um tenso episódio devido um registro fotográfico envolvendo  uma japonesa, a dupla retornou a Feira de Santana, com a transferência bancária de Miranda finalmente caindo na conta e permitindo o imediato reembolso a Moacir Alexandrino.


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