Treze fotografias de feirenses podem ser vistas na praça J. Pedreira, em frente ao MAP, até o dia 17. O movimento de arte urbana “Moradores, a humanidade do patrimônio”, visa valorizar a memória dos moradores como o maior patrimônio de uma cidade. Feira está muito bem representada no grande varal montado no passeio da praça.
A grande maioria dos rostos é de desconhecidos. Mas alguns são conhecidos em Feira, como os cantores Kuelho e Carol e do folheteiro e cordelista Jurivaldo. Todos são apresentados pelo nome que são conhecidos – não colocaram sobrenome. Nem identificação nas fotografias – parece propositalmente.
Numa espécie de totem foram colocadas pequenas fotos com breves biografias dos, digamos, aleatoriamente homenageados. Nos curtos textos estão de onde vieram. No de Roberto consta que foi adotado por dona Alaíde e seu Paulo. Talia, a caçulinha, revela o desejo – que vai ser concretizado – de um dia se tornar bailarina. O reggae-man, Jorge de Angélica conta que nasceu na Kalilândia e que foi morar e respirar a Rua Nova na adolescência, de onde nunca mais saiu.
O coordenador da edição local, que patrocinada pela Belgo Bekaert e da Fundação ArcelorMittal, Marcos Lopes, disse que personagens foram escolhidos numa tenda branca montada na Salles Barbosa e outros foram convidados para participar e toparam. Cerca de quatro mil pessoas já participaram do projeto, disse o coordenador.
“Me surpreendi com a exposição”, disse Nerivan Gonçalves, que estava acompanhado pela filha Sara Maria Pedreira Araújo Gonçalves Silva. “É importante para os feirenses que passam a conhecer a história de alguns conterrâneos, que sabem quem são”. Ele conhece Gato da Noite, Ana da Maniçoba
Estão expostos fotografias de Jaqueline, Jurivaldo, Iolanda, Kuelho, Carol, Talia, Marta, Carlos Ailton, Jorge de Angélica, Gato da Noite, Roque e Ana da Maniçoba
Por Batista Cruz
Fotos Luiz Tito
