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sexta-feira, 20 setembro, 24
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Primo rico x primo pobre

Um outdoor localizado na rua Geminiano Costa, nos fundos do antigo Feira Tênis Clube, na
Princesa do Sertão, alusivo aos 85 anos do Bahia Feira, despertou a minha atenção e remeteu-
me ao passado, quando na TV passava o programa de humor “Balança, Mas Não Cai”, com o quadro “Primo Rico e Primo Pobre”.

Na ficção, o primo rico se vangloriava da sua riqueza, contando detalhes das suas últimas
aquisições ou experiências, que mostravam o quanto ele tinha dinheiro. Em oposição, o primo
pobre contava as agruras que enfrentava, justamente por não ter o dinheiro que o primo rico
tinha. O quadro, geralmente, se encerrava com o primo pobre pedindo algo ao primo rico, que
nunca atendia ao pedido.

Na realidade, o Primo Rico (Bahia de Feira) ostenta a Arena Bahia de Feira, o lindíssimo
Estádio Professor Jodilton Souza, com capacidade para 7.000 pessoas. Na última década o Tremendão obteve várias conquistas, entre elas, o título de Campeão Baiano de 2011.

Com salários de seus jogadores e funcionários em dia, o Bahia de Feira jogou recentemente a
Copa do Brasil e atualmente vem lutando para ascender à série C do Campeonato Brasileiro de
2023.

Já o Primo Pobre (Fluminense de Feira), diferente da ficção, por orgulho e por outros motivos
desconhecidos, recusou patrocínios da Parmalat, da Consul e, mais recentemente, do
professor Jodilton Souza (dono do Bahia de Feira).

Em 2021 caiu para a segunda divisão do
Baianão e, pelo andar da carruagem (mesmo que puxada por um Touro), tão cedo não voltará
à elite do futebol baiano.

Conclusão: mataram o Touro, venderam o couro, comeram a carne, beberam o leite e deixaram
os ossos para a torcida roer. Ou seja, o Touro foi para o brejo e vive na sarjeta sem
perspectivas de dias melhores.

Um detalhe: por coincidência o outdoor, localizado na Geminiano Costa, fica a poucos metros
da sede do Fluminense de Feira.

Por Luiz Tito
Foto: Luiz Tito

2 COMENTÁRIOS

  1. O que diz o nobre Luiz Tito em sua analogia entre rico e pobre, bocado do futebol feirense, vai muito além de observação ou de algo que lhe chamou a atenção. Tito, com seu olho mágico e raciocínio rápido, conta histórias cujo final, no caso do Flu de Feira, poderia ser muito diferente da situação em que se encontra hoje: sem time, sem campo, sem dinheiro, na segunda divisão do Baiano, sem perspectiva alguma de futuro, sem (…)

    Quando dizem “o Flu tem nome …” vez por outro acrescento: falta o principal – GESTÃO.

    Parabéns, Tito

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