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quinta-feira, 4 julho, 24
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Na paz do refúgio Baiano, Sônia Braga ri de sua inclusão na lista das mais deselegantes


Por Luiz Tito
Nesse 2 de Julho, Dia da Independência da Bahia, resolvi dar uma geral no meu arquivo (recortes de jornais) e uma reportagem me fez relembrar a minha primeira participação da Lavagem do Bonfim, em Salvador.

No recorte, a reportagem publicada no dia 19 de janeiro, no Segundo Caderno do Jornal O Globo, com texto de José Barreto e fotografias assinadas por Reginaldo Pereira e com o título: Na paz do refúgio Baiano, Sônia Braga ri de sua inclusão na lista das mais deselegantes. Retratava uma avaliação de uma estilista que citou a atriz brasileira com uma das mais deselegantes do mundo.

Em um domingo ensolarado, vindo do Rio de Janeiro, precisamente no dia 10 de janeiro de 1988 cheguei a Feira de Santana. Logo, no dia 13, três dia após a minha chegada, Reginaldo Pereira, o Tracajá, me convidou para ir a Salvador conhecer a Lavagem do Bonfim, esse evento sagrado e profano e que atrai multidões de todo o mundo.

Na época, Reginaldo trabalhava na Sucursal do Jornal O Globo, e José Carlos Teixeira era o editor. Logo, Teixeira me apelidou de Brizola, saudosos ex-governador do Rio de Janeiro e também do Rio Grande do Sul.

Mesmo sem conhecer a Bahia, sem dificuldades cheguei ás vésperas do evento. Reginaldo morava no decimo oitavo andar, do edifício Jurupari, um espigão entre outros dois, localizado na avenida Dom João VI, 275, no bairro de Brotas, em Salvador.

No local moravam também os jornalistas Jânio Rêgo (Tribuna da Bahia), Washington Luís (Tribuna da Bahia) e Armando (Correio da Bahia) uma verdadeira faculdade de jornalismo. Sem ressalvas, fui muito bem recebido por todos.
Logo cedo, no dia 14, o grande dia. Partimos para a sucursal do O Globo, lá, Reginaldo pegou a pauta e saímos para a sua cobertura fotográfica.
Como um toque de mágica, me perdi. E pior, havia esquecido a minha carteira com documentos e dinheiro no Jurupari.

Foram 8 quilômetros do Comércio a Igreja do Bonfim, caminhando entre a multidão com sede e sem uma moeda no bolso. Uma tortura inacabável e sem poder desfrutar toda a magia que o evento oferecia.

Ao chegar na Colina Sagrada, a alegria voltou a reinar, porém, por alguns minutos. Encontrei Reginaldo fotografando Gilberto Gil (ele também fazia parte da equipe de campanha de Gil ao cargo de vereador “Eu Quero Gil”.

Emocionando, corri para sair na foto ao lado de Gil (consegui) e mais uma vez me perdi. Mais 8 quilômetros de volta a Sucursal do O Globo. Só que dessa vez, muito fragilizado de fome e sede e sem forças para participar ou até mesmo olhar o evento. Estava morto. Quase que vegetando.

Aos troncos e barranco consegui chegar no Jornal e lá, a quase triste notícia transmitida por José Carlos Teixeira, “Brizola, seu tio teve que viajar urgentemente para Porto Seguro. (Após uma pausa), “ele deixou um dinheiro para você comer e retornar para o apartamento”, disse seguido de risos.
Assim conheci a Lavagem do Bonfim.

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