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sábado, 2 novembro, 24
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Minha bolsa sai carregadas de dignidade”, diz professora que participou da ocupação

Em, 30 horas, as professoras de Feira de Santana mostraram o quanto são corajosas, guerreiras, fortes, destemidas. Foi o tempo que passaram acampadas no primeiro andar do Paço Municipal Maria Quitéria, à espera do prefeito Colbert Filho para negociar a pauta de reivindicações que poderia por fim à greve.

Como é do seu estilo, o prefeito não foi. Quem apareceu foi a guarda municipal, com a missão de desocupar o prédio. As mulheres tomaram à frente de alguns homens e colocaram as glândulas suprarrenais para trabalhar em carga máxima. A adrenalina correu solta na circulação e elas não se deixaram intimidar pela pressão. Resistiram.

As professoras, como Adenilza Carneiro, que ficou no prédio, encheram a categoria de orgulho. As lágrimas que apareceram nos seus olhos não correram pela face, mas era o reflexo de uma postura firme e decisiva. “Pode ser que não consiga nada que pleiteamos, salários, merenda. Mas a minha bolsa sai carregada de dignidade”. Foi abraçada pelas companheiras.

Leidiran Fonseca da Silva também ficou no Salão Nobre até o limite. Levanta a bandeira do lutar para resistir e conseguir, disse que foi agredida. “Bater em professoras desarmadas é covardia”. Segundo ela, a guarda entrou no prédio com uma violência desproporcional. Para a professora, o ato da categoria foi de coragem.

São mulheres, mães, professoras que saíram do prédio sem serem ouvidas pelo prefeito, mas com a certeza de que, mesmo em desvantagem, combateram o bom combate.

Fotos: Luiz Tito

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