Com seus luxuosos condomínios e recentes investimentos comerciais, o Sim, um bairro com um dos metros quadrados mais valorizados de Feira de Santana e que tem um crescimento sem freios também vive as suas adversidades com inúmeras queixas, reclamações e anseios de melhorias no que diz respeito a ações públicas. E isso vem incomodando alguns moradores, e até mesmo visitantes.
Um grande exemplo são alguns trechos onde as calçadas estão tomadas por longos matagais e acabam se tornando muito mais que um problema na estética visual, mas, sim, potenciais esconderijos para marginais efetuarem roubos ou outros crimes ainda mais sérios. Pior, em alguns trechos quem está a pé, não consegue andar nem de um lado, nem do outro, tem que andar no meio da rua, ao lado dos carros que passam em altíssimas velocidades.
Um lugar que vem sofrendo com a questão é a Avenida Artêmia Pires de Freitas, a principal do bairro. A situação é mais crítica nos trechos bem próximos a faculdade FTC. No local a obstrução das calçadas pelo matagal obriga o pedestre a expor a sua vida entre os carros na pista. Somando a isso, o certo pânico que amedrontada com os perigos que o local pode proporcionar. “É lamentável. Isso junta mosquitos, lixo e deixa o local extremamente feio e ainda coloca as nossas vidas em risco”, disse uma moradora que prefere o anonimato.
Com a situação os pedestres não tem alternativa a não ser se arriscarem na rua, com carros passando. Uma idosa, que prefere não se identificar, relata que a com o matagal nas calçadas fica mais perigoso ainda para quem está a pé. “Sem ter condições de andar nas calçadas, que estão tomadas por mato, os pedestres andam para os seus compromissos e fazem as suas caminhadas matinais no meio da avenida, com risco de serem atingidos por um carro. Total falta de respeito com nós que pagamos os nossos impostos. Cadê o retorno?”, questionou.
Outra reclamação da idosa diz respeito ao alto valor do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) que precisa pagar. Por isso, cobra que a Prefeitura tome medidas cabiveis e notifique os donos dos terenos abandonados, faça a roçagem e a capinação, proporcione melhorias nos pontos de ônibus (existem alguns quebrados) e nos horários que eles (ônibus) passam e conserte os semáforos que vivem quebrando e provocando enormes congestionamentos no local.
Ainda de acordo com a idosa, ela quase presenciou um acidente por conta da situação da calçada. “Tenho medo de ser atropelada na rua. Esses dias um menino vindo do supermercado comigo, trazendo as compras, o carro quase pegou o rapaz, relembrou.
Ônibus
“Eles (Prefeitura) pensam que todos que moram aqui são ricos, possuem carros ou motos para se locomoverem”, o desabafo é do autônomo Flavio Henrique Cosa Magalhães, morador em um condomínio do bairro, que ontem (12), foi flagrado em um ponto de ônibus com a sua estrutura quebrada e tomado pelo matagal. “Já faz quase uma hora que estou aqui a espera por um transporte para ir ao centro da cidade”, cronometrou.
Segundo o reclamante, a salvação dos moradores da localidade são as vans e os ligeirinhos que os socorrem diariamente. “Se ficarmos esperando por um ônibus o mundo acaba e ele não chega. Diariamente contamos como o socorro do transporte alternativo, porém, nos sábados, domingos e feriados não há alternativos e penamos horas à espera de um ônibus e acabamos perdendo os nossos compromissos. É preciso que as autoridades melhorem esse transporte em Feira de Santana, principalmente aqui no bairro onde existem pessoas de todas as classes sociais”, relatou.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com o senhor Pedro Paulo Santos Silva, chefe da limpeza pública do Município e o mesmo informou que há cerca de 60 dias foi realizado um mutirão de limpeza no bairro. “Quinze dias após essa operação retornamos ao local para fazermos a manutenção. Há alguns pontos da localidade que não existem calçadas e o mato cresce com mais rapidez. Está prevista uma nova ação na localidade dentro de 30 dias”, informou.
Para os outros questionamentos (ponto de ônibus quebrado e demora para passar o ônibus) através do telefone 3623-3580,entramos em contato com a Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), muito gentilmente uma senhora de prenome Mônica nos atendeu e passou a seguinte informação, “o nosso secretário é bem acessível, mas é preciso marcar uma audiência com ele para o senhor obter a sua resposta”.
Já em relação aos semáfaros não obetivemos nenhuma posição.
Foto e texto: Luiz Tito