A votação que vai definir o nome do futuro presidente da Câmara de Feira de Santana não pode ser definida como eleição. Mas como a confirmação do nome da vereadora Eremita Mota para ficar à frente da Casa da Cidadania nos próximos dois anos. Mais uma decepção para o Executivo.
Tudo leva a crer que, como há dois anos, será candidata única. Com um governo desidratado, anêmico, Colbert Filho não terá peito para apresentar um candidato para chamar de seu. Teme, e com razão, uma decepção a mais no seu currículo à frente do executivo.
Ela será unanimidade? Talvez, mas seria bom para o Legislativo que a oposição votasse. Que alguém se apresente para a disputa, afinal ‘tem o apoio do prefeito Colbert Filho’. Se não tiver candidato, que vote em branco. Mas que manifeste o descontentamento.
A bancada da situação tem menos de dez vereadores. A da oposição, mais de dez. É uma conta que não fecha a favor do governo, que vai amargar mais uma derrota acachapante. E, ainda mais humilhante, no voto no plenário, em chamada nominal.
Há dois anos, Fernando Torres foi candidato único. Zé Carneiro, da base governista, se sentiu sozinho e votou no adversário do dia. Na votação desta terça-feira o governo vai ver quem é quem na sua bancada, caso apresente candidato.
O governo sabe, também, que vai enfrentar tempos duros nos próximos dois anos. A história de Eremita no plenário é de enfrentamento. E sentando na principal cadeira do Legislativo, dificilmente vai facilitar as coisas para o Executivo.
Mas tudo o que foi escrito acima pode mudar da noite para o dia, de uma hora para a outra – Zé Carneiro que o diga. Afinal, estamos falando de política.
O prefeito foi derrotado na Câmara na primeira eleição para a presidência, no caso da LOA, na escolha do PGM – que está judicializada. A expectativa para esta terça-feira não são as melhores.
Por Batista Cruz