Por Batista Cruz
Maior cidade do interior baiano – e uma das maiores do nordeste, dona de um comércio varejista e atacadista pujantes, um PIB de destaque regional, um forte setor de serviços e industrial, construção civil em franca expansão, uma indústria da educação de destaque.
Tudo isso e um pouquinho mais não foram suficientes para colocar Feira de Santana entres as cem cidades brasileiras, com mais de cem mil habitantes, melhoras cidades para fazer negócio – estudo realizado anualmente pela Urban System, para a revista Exame.
No estudo do ano passado o município ficou na 19ª posição na educação e na 73ª no mercado imobiliário. Mas o estudo realizado pela consultoria não se restringe apenas entre os eixos econômicos que abrem este texto. Vai bem além em setores que o município ainda está capenga ou que há anos luta para resolve-los.
Os números referentes à estrutura de saneamento – a cidade não tem metade da sua área coberta por este serviço, de transportes – seguramente entre os municípios do seu porte, Feira de Santana deve apresentar os piores números neste setor.
Um dos setores mais problemáticos da cidade é a sua mobilidade urbana. Se deslocar – a pé – os passeios são danificados, de carro – ruas esburacadas, bicicleta – não existem ciclovias ou ciclofaixas, motocicleta – o número de acidentes é alto, ou no transporte coletivo, não é fácil
Não constar o nome na lista afasta empresários interessados em investir no município. O risco dos recursos aplicados é proporcional ao que é oferecido. Empresas não gostam de enfrentar desafios adicionais àquele que o mercado oferece. Procuram os melhores posicionados neste ranking.
Mas, por que Feira de Santana ficou fora da lista? Será que as planilhas locais analisadas pelos consultores não foram alimentadas com números recentes? Uma explicação convincente pelo governo municipal seria bem vinda.
