As placas de grama colocadas no canteiro central na Marechal é um forte indicativo de que a Prefeitura não atenderá aos pedidos dos feirantes e vai retirá-los da rua e leva-los para os locais que lhes foram oferecidos.
As barracas dificilmente continuarão na Marechal, uma das ruas mais movimentadas do centro de Feira de Santana, que també, ganhou passeios largos e novo piso nas suas pistas.
A mensagem nada cifrada emitida pela administração municipal, ainda está sendo absorvida pelos comerciantes de rua, que apostam suas frutas e verduras na sensibilidade da gestão e eles continuarão onde estão há décadas.
Pelo visto, não ficarão no canteiro, tampouco nos renovados passeios – com muito atraso a obra na Marechal está sendo finalizada. A expectativa é de que a categoria vá às ruas nos próximos dias, protestar.
Um projeto apresentado à Prefeitura por um professor de uma faculdade local mostrou ser viável que estes comerciantes continuem na Marechal. Há muito tempo que as partes não tocam neste assunto.
O gramado indica que estes espaços não serão usados como estacionamento. Quem parar nestes locais será multado por estacionar em local proibido – as placas de sinalização ainda não foram colocadas.
Os carros estão sendo deixados ao longo do passeio e deixam a rua ainda mais estreita, detalhe que pode trazer problemas no fluxo do trânsito, tornando-o ainda mais lento naquela região do centro.
A transferência dos feirantes vem sendo debatida há vários meses. A Prefeitura ofereceu como opção para os comerciantes, vagas no Centro de Abastecimento e as feiras-livres que são realizadas nos bairros.
Já ganharam algumas sobrevidas. Mas o final da obra vai reacender o debate com toda a sua força, porque chegou à fase decisória: ou sai ou fica. O tapete verde é sinal de mau agouro para as pretensões dos feirantes.
Os feirantes preferem continuar no centro da cidade. Argumentam que já teem uma freguesia consolidada e afirmam que os locais oferecidos não lhes são atraentes e temem prejuízos financeiros.
Também dizem que outras centenas de pessoas tiram seus sustentos na Marechal serão prejudicadas. São os ambulantes que não vendem frutas, verduras ou outros alimentos. São as pessoas que vendem rifas, por exemplo.
Texto: Batista Cruz
Fotos: Luiz Tito
