Paixão pelo Botafogo Inspira customização de carro antigo e consolida a força da torcida “Feira Fogo” em Feira de Santana
Um carro, quatro idolos e uma Paixão sem Barreiras
Na clássica comédia “Se Meu Fusca Falasse”, um carro abandonado se reencontra com a glória ao ajudar um piloto em gratidão ao novo dono. Na vida real de Feira de Santana, o Fusca 1979 do ex-bancário José Boa Sorte Farias pode não falar, mas grita a plenos pulmões a paixão incondicional do seu dono pelo Botafogo.
Adquirido em setembro e customizado com as cores e símbolos do time carioca, o veículo virou uma atração na Princesa do Sertão. O capô ostenta Garrincha, o Anjo das Pernas Tortas, enquanto as portas e o teto carregam as imagens de Didi, Nilton Santos e Heleno de Freitas, eternizando a glória alvinegra.
Para Boa Sorte, o Fusca é a materialização de um sonho antigo e de um sentimento que o transcende. “Amar meu clube é como respirar; é uma necessidade que não posso ignorar”, afirma o torcedor. A máquina de 1979 tem feito tanto sucesso que se tornou alvo constante de pedidos de fotografias nas ruas. Em um episódio inusitado, o carro causou comoção na porta de uma igreja, atrasando a missa e obrigando o torcedor a encerrar a sessão de fotos.
Apesar de dizer que venderia o veículo caso encontrasse um comprador, Boa Sorte garante que a atitude seria apenas para agradar um botafoguense, mas compraria e customizaria outro Fusca da mesma forma.
Feira Fogo
Essa paixão é a mesma que, em 15 de novembro de 2011, o levou junto a um grupo de amigos, a fundar a Associação de Torcedores Botafoguenses de Feira de Santana -Feira Fogo, da qual é o atual Presidente de Honra.
A Feira Fogo , hoje presidida por José Caribé se consolidou como um símbolo de união, realizando festas, ornamentações e acompanhando a “Estrela Solitária” por todo o país, sempre trajando as cores alvinegras. A Feira Fogo também se destaca por promover eventos com ídolos históricos do clube, como Jairzinho, Maurício e Túlio Maravilha, fortalecendo a conexão entre o time do coração e a comunidade.
O sucesso e a longevidade da torcida, segundo seu fundador, estão ancorados na coesão e na capacidade de renovação das lideranças. “Formamos uma grande família. Nossa paixão passa de pais para filhos”, destaca. A customização do Fusca é vista como mais uma manifestação dessa paixão que “ultrapassa fronteiras, modos e costumes,” desfilando orgulhosamente como um “troféu” pelas ruas da cidade, unindo a força da torcida com o amor pelo clube.
Fotos e texto: Luiz Tito









