Investimento de R$ 890 mil em novo espaço é criticado por alunos que denunciam a má qualidade do serviço atual.
Alunos da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) estão em protesto contra a construção de um novo restaurante self-service no campus. A manifestação acontece em meio à reforma do Restaurante Universitário (RU) original, que opera de forma improvisada em um espaço que, segundo os estudantes, “está caindo aos pedaços”. A principal crítica é o investimento de mais de R$ 890 mil no novo prédio, considerado um desperdício, já que a empresa responsável pela gestão ainda não foi definida, e o serviço atual segue com problemas.
Críticas à gestão e qualidade da comida
A insatisfação dos alunos se concentra na qualidade e na demora do serviço oferecido no RU improvisado. Eles relatam que a comida servida é de má qualidade, e as longas filas, resultado da estrutura precária, geram um grande desconforto diário. O investimento milionário na nova obra é visto como uma prioridade equivocada da administração da Uefs, que, segundo os manifestantes, ignora a necessidade de solucionar os problemas imediatos do atual serviço.
Atrasos e falta de transparência
Além da má qualidade da comida, os estudantes questionam a falta de transparência sobre o cronograma da obra do novo restaurante e o processo de licitação para a nova gestão. A demora na conclusão da reforma do RU original e a falta de previsão para o funcionamento do novo espaço geram incerteza e frustração. Os alunos exigem que a universidade dê uma resposta clara sobre os prazos e a destinação dos recursos, garantindo um serviço de alimentação de qualidade e com dignidade para toda a comunidade acadêmica.
Nota de apoio da APLB
A APLB de Feira de Santana manifesta total apoio às estudantes e aos estudantes da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), que têm denunciado a construção de um restaurante self-service dentro da instituição, com o valor que poderá ser até dez vezes maior do que o cobrado atualmente no Restaurante Universitário (RU), o que representa exclusão e elitização de um direito básico: a alimentação.
Enquanto o novo espaço é inaugurado, o RU que garante a permanência de milhares de estudantes, apresenta precariedades, episódios de negligência alimentar e falta de investimento. Somos contra a desagregação dentro universidade, o RU é um equipamento essencial para a permanência estudantil. É inadmissível que, em uma universidade pública, se priorize a criação de um restaurante voltado para quem pode pagar mais.
Diante disso, a APLB Feira soma-se à luta estudantil, questionando as prioridades da gestão e exigindo respeito ao RU, investimentos adequados e condições de permanência seguras e dignas para toda a comunidade acadêmica.
_Feira de Santana, 12 de setembro de 2025._
APLB de Feira de Santana
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