A velha política, aquela que se ajoelhava diante das decisões dos “chefes”, parece finalmente dar sinais de cansaço. O tempo em que Feira de Santana esperava o aceno de figuras como Chico Pinto, José Falcão e João Durval para saber a quem seguir, vai se tornando peça de museu. Hoje, muita gente já entendeu que ser “liderado de estimação” é o mesmo que carregar piano sem nunca tocar a música.
O despertar está acontecendo, ainda que a passos curtos. Há quem tenha decidido trilhar caminho próprio, fugindo da sombra dos chamados “caciques”, que se acostumaram a escolher candidatos como quem escolhe o cardápio do almoço, de acordo com o próprio apetite.
Mas, se por um lado alguns acordam, por outro, há quem siga sonolento. Em Feira de Santana, certas lideranças preferem apostar em nomes de fora, os tais “forasteiros”. E o motivo, dizem, é que esses visitantes têm dado mais atenção do que os filhos da própria terra. Ironia ou desilusão, o fato é que muitos políticos de feira, estão virando figurantes em seu próprio espetáculo.
A mensagem de Sodré continua atual, “esperar não é saber”. É um lembrete duro, mas necessário. Quem cruza os braços esperando um líder resolver seu destino, corre o risco de ver o futuro sendo escrito por mãos alheias. No fim das contas, política é movimento. É ação. É atitude. E se os líderes de ontem insistem em cochilar no banco de reservas, os liderados de hoje estão entendendo, que é hora de entrar em campo e jogar por conta própria. Porque quem sabe faz a hora.
Por: Fábio Negriny / DRT 3307 / A Veracidade
