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quinta-feira, 21 novembro, 24
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Dos arredores da rua de Aurora para o mundo: salve, Reginaldo ‘Tracajá’ Pereira

Por Valdomiro Silva.

Encontrei Reginaldo Pereira pela primeira vez, nos dias finais de 1982, portanto, quase 42 anos passados. Eu, estagiário, egresso do curso Redator Auxiliar ou Técnico em Redação, pelo Colégio Estadual, iniciava a carreira, aos 18 anos de idade.

Reginaldo já era um profissional consagrado, número 1 do nosso fotojornalismo e chefiava o setor, no FH, então um jornal robusto, com grandes e inesquecíveis jornalistas, a exemplo de Jailton Batista, Anchieta Nery, Madalena de Jesus (ainda, naquela época, uma garota muito gosto…, isto é, muito bonita!), Jackson Soares, Marcílio Tavares,  entre outros.  Todos sob a batuta do querido e saudoso Chico Fagundes.

Zé Coió já editava o seu “Feira Hoje Noite e Dia”.   Roque Tavares dirigia a arte. O carioca Sérgio Fonseca comandava o comercial. A gráfica funcionava a linotipos.

A Redação era agitada por suas ruidosas máquinas de datilografia. Ainda mais ruidoso, o telex trazia as notícias de fontes como France Press, Associated Press, Sport Press, e de outras agências como O Globo, Estadão e Jornal do Brasil.

A Feira de Santana vivia um momento político especial, com seu filho João Durval governador. Falcão comandava a Prefeitura em seu segundo mandato.

Com muita honra, fui aprendiz de toda essa turma boa, inclusive de Reginaldo, que me orientou várias vezes, me apresentou fontes, indicou como aborda-las, quando saímos juntos para cumprir pautas. Apoio importantíssimo!

Reginaldo é um grande talento da imagem, provavelmente a maior de nossas referências na fotografia jornalística, com passagem por grandes veículos da imprensa nacional e possui experiência em coberturas internacionais.

Jornalista viajado, que conhece o mundo. Cidadão feirense com destacada atuação na defesa da nossa cultura e da memória da Feira, criou as Organizações Tracajá, que produz dois eventos significativos.

O Troféu Tracajá valoriza personalidades feirenses, as chamadas figuras populares da nossa cidade. O Bloco Tracajá é uma celebração da tradição da Micareta que, pela resiliência de Reginaldo, se mantém ano após ano.

Como homem político que somos, todos, Reginaldo é um  convicto defensor da democracia e das liberdades. Gozou da amizade  de Brizola e Waldir, no plano nacional. Flertou com Fidel, a quem foi apresentado pelo diplomata latino Valter de Jesus.

Salve, Reginaldo Tracajá! O menino pobre e negro que cresceu nos arredores da rua de Aurora, periferia desta cidade, venceu na vida e se transformou em um mito, uma verdadeira lenda viva do jornalismo de Feira de Santana.

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