Por professor Carlos Alberto
INICIALMENTE…
É necessário dizer que para a Filosofia um dilema moral é uma situação na qual um agente é moralmente obrigado a seguir um curso de ação A ou um curso de ação B, mas não pode seguir ambos. Neste caso, o termo agente refere-se ao eleitor americano que dia cinco de novembro próximo, ainda que não seja obrigado, irá às urnas para escolher o próximo presidente da República daquele país.
Ao que parece, em 2024 os Estados Unidos, eleitoralmente falando, viverá a revanche de 2020. De um lado estará Joe Biden, atual presidente e que concorrerá à reeleição pelo Partido Democrata; do outro lado, o Partido Republicano terá mais uma vez como seu representante para a disputa à White House, ou melhor, à Casa Branca, o ex-presidente Donald Trump.
SEGUINDO… (de um lado)
De acordo com o noticiário (leia poder 360) a aprovação de Biden que era de 42% em 10 de setembro de 2023, caiu para 40% em outubro do mesmo ano. Em contrapartida, a desaprovação do democrata que era de 52% em 10 de setembro, passou para 54% em 8 de outubro e alcançou 56% no período.
Segundo pesquisa da Reuters/Ipsos, o índice de aprovação pública do atual presidente americano caiu para o nível mais baixo em quase dois anos. O levantamento, encerrado em 20 de maio pp, apontou que apenas 36% dos americanos aprovam o desempenho de Biden como presidente, contra 38% em abril. O índice foi considerado o mais baixo desde julho de 2022.
SEGUINDO… (de outro lado)
Em agosto de 2023, segundo informações colhidas, Trump enfrentava 91 acusações criminais em quatro casos distintos contra ele, incluindo sobre esforços para anular o resultado das eleições de 2020 e o suposto tratamento indevido de documentos confidenciais após deixar o cargo. Mas o dia 30 de maio de 2024 já entrou para a história – sobretudo a história política dos Estados Unidos e pode -, quiçá, dar ânimo e ser favorável para Joe Biden.
Foi nesta data, 30 de maio de 2024, que o ex-presidente americano Donald Trump foi considerado culpado de fraude contábil para comprar o silêncio de uma atriz pornô, que poderia prejudicá-lo nas eleições de 2016, vencidas por ele [Trump]. Mesmo a condenação não o tirando da corrida eleitoral de novembro próximo, cabe lembrar que o ex-presidente foi condenado por todas as 34 acusações de fraude contábil que “carregava”.
Após sete semanas de julgamento e da oitiva de 20 testemunhas, esta quinta-feira, 30, poderá apresentar um novo panorama na corrida presidencial americana de 2024. Digo poderá, considerando que Trump é o primeiro ex-presidente da história americana condenado criminalmente, e por unanimidade pelo colegiado do júri. Além do que, a depender da decisão final do Juiz do caso, Juan Merchan, que marcou a sentença do político republicano para 11 de julho próximo, Trump poderá concorrer às eleições de 2024 atrás das grades.
O QUE DISSERAM…
Ao anunciar o veredicto proferiu Alvin Bragg, promotor distrital de Manhattan, sobre o caso Trump nesta sexta-feira “O réu, Donald J. Trump, é culpado de 34 acusações de falsificação de registros comerciais em primeiro grau para ocultar um esquema para corromper as eleições de 2016”.
Criticando o julgamento e afirmando que o “verdadeiro veredicto” virá nas eleições de 2024. Trump disse que o julgamento “foi uma desgraça. Este foi um julgamento manipulado por um juiz em conflito de interesses e corrupto”. Para Trump, o “verdadeiro veredicto será em 5 de novembro, pelo povo. Eles sabem o que aconteceu aqui, e todo mundo sabe o que aconteceu aqui”. disse o ex-presidente, numa verdadeira investida contra a Justiça americana.
FINALIZANDO…
Seja como for, como a condenação não tira Trump das próximas eleições, mas pode gerar algum desconforto eleitoral, os americanos vão ter que escolher no pleito eleitoral americano de novembro nos Estados Unidos: de um lado, um político com baixa popularidade e que, smj, não faz uma boa gestão, Joe Biden; de outro, o ex-presidente, e agora condenado, Donald Trump.