Neste domingo, 10 de julho, é comemorado o Dia Mundial da Saúde Ocular. A data foi criada como forma de alerta sobre a importância e os benefícios de práticas preventivas de erradicação e controle de doenças relacionadas à visão.
Buscando conscientizar os leitores do Digaì Feira e a população em geral sobre a importância e a necessidade de cuidar da visão promovendo a saúde dos olhos, o quadro, “Cuide dos seus Olhos”, escrito pelo oftalmologista doutor Pedro Gantois relacionou algumas doenças que podem te levar a cegueira e cuidados necessários para você ter uma visão saudável.
Os olhos “falam” tanto quanto a boca, porém com uma grande diferença, expressam somente a verdade. Portanto, não permita que eles se calem.
Dia Mundial da Saúde ocular
Glaucoma, catarata, diabetes e DMRI podem levar à cegueira se não tratadas
O dia 10 de julho, é o Dia Mundial da Saúde Ocular e gostaria de chamar a atenção para doenças que podem levar à cegueira, como o glaucoma, a catarata, o diabetes e a Degeneração macular relacionada à idade (DMRI). Todas elas podem ser tratadas e o diagnóstico precoce pode evitar maiores danos à visão. Suas causas estão ligadas à fatores genéticos, a questões ambientais e ao estilo de vida, que podem facilitar o desenvolvimento dessas doenças. Por isso é essencial a visita ao oftalmologista, pelo menos, uma vez ao ano, ou com maior periodicidade, caso assim seja indicado. Continue lendo o texto e veja mais informações sobre cada uma delas.
Glaucoma – O glaucoma é a maior causa de cegueira irreversível do mundo, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). A doença é silenciosa e em 80% dos casos os pacientes não sofrem qualquer dor ou incômodo na fase inicial. No Brasil, cerca de 3% da população acima de 40 anos são afetados pelo glaucoma, segundo a Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG).
A doença é mais frequente em afrodescendentes bem como sua gravidade também aumenta nessa parte da população. Isso faz com que na Bahia, haja muitos casos não diagnosticados, inclusive pelos sintomas do glaucoma. A perda da visão progressiva demora a ser notada e, ao contrário da catarata, a cegueira causada pelo glaucoma é irreversível.
Catarata – A catarata é uma lesão ocular que atinge e torna opaco o cristalino o que compromete a visão. No início, a pessoa vê como se a lente dos óculos estivesse embaçada ou como se houvesse uma névoa diante dos olhos. Com o avanço da doença, a dificuldade aumenta e a pessoa passa a enxergar apenas vultos, podendo evoluir até a cegueira. Outros sintomas que podem ocorrer são visão dupla, sensibilidade à luz ou imagens distorcidas, dificuldade para dirigir, ler e andar, quedas frequentes e percepção de cores desbotadas e sem vida. A principal causa da doença é o envelhecimento, seguido do diabetes, uso contínuo e sem indicação médica de colírios, especialmente dos que contêm corticoides, inflamações intraoculares, traumas como socos ou batidas fortes na região dos olhos.
Diabetes – O diabetes é uma doença crônica, na qual o corpo produz pouca insulina (hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue) ou não consegue empregá-lo adequadamente, causando uma alta concentração de glicose, que pode afetar os órgãos, nervos e vasos sanguíneos do corpo. Assim, os vasos sanguíneos dos olhos também ficam prejudicados. Se o diabetes não for controlado, com o tempo, a visão começa a ficar turva e embaçada, piorando na medida em que esses vasos sanguíneos incham e rompem no interior dos olhos. Segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, cerca de 40% dos diabéticos sofrem essas alterações oftalmológicas decorrentes da doença. Quando não tratada, a doença pode prejudicar gradativamente a visão, levando à cegueira, muitas vezes, irreversível. Inclusive, a principal doença ocular decorrente do diabetes é a chamada retinopatia diabética.
Degeneração macular relacionada à idade (DMRI) – A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é uma doença que ocorre em uma parte da retina chamada mácula e que leva a perda progressiva da visão central. A DMRI é a causa mais comum de perda da visão em pessoas acima de 50 anos. A mácula é uma pequena região no centro da retina, que permite que enxerguemos detalhes, por isso a perda da visão central na DMRI ocorre quando as células fotorreceptoras na mácula são afetadas. Nos estágios iniciais, a doença não apresenta sintomas, mas algumas pessoas apresentam um embaçamento na visão central, especialmente durante as tarefas como leitura ou costura e conforme a doença progride, algumas manchas podem se formar no campo visual central. Na maioria dos casos, se um olho é afetado, o outro olho também irá desenvolver a doença. A extensão da perda da visão central varia dependendo do tipo de DMRI (seca ou úmida) e da rapidez para diagnóstico e início do tratamento.
Espero ter ajudado a esclarecer algumas dúvidas! Não se esqueça, quanto mais rápido for o diagnóstico e o tratamento correto, maiores serão as chances de se evitar a perda da visão. Converse com seu oftalmologista de confiança!