Conviver nem sempre é fácil…. Em um condomínio então, constituído por pessoas com criações, históricos de vida, gostos, princípios, personalidades e opiniões diferentes, o bom convívio exige, quando pouco, ponderação, razoabilidade, bom senso e uma boa dose de paciência e educação.
Mas, em um condomínio residencial, localizado no bairro do Sim, em Feira de Santana, em um aspecto essas palavras e comportamentos parecem inexistentes, ao menos para um dono ou donos de cachorros que mesmo com placas educativas no local, permitem que seus dóceis animais de estimação sujem as portas dos vizinhos.
Essa causa que vem gerando potenciais divergências (cocô de cachorro nas portas, passeios ou jardins) é algo bem simples de se resolver, um saquinho plástico e mão na massa. Pronto! Mas preferem deixar a sujeira para trás, transferindo a merda do seu cão ou cadela para o próximo.
Porém, esse único exemplo vem trazendo transtornos para alguns moradores e gerando desagradáveis debates no grupo do WhatsApp do condomínio. “Que merda heim!!! Bom domingo a todos”, a foto das fezes de um cachorro com a frase, foi a saudação dominical de um morador no canal de comunicação dos moradores.
No grupo, a vítima citada acima relata mais uma vez ter acordado e ter à sua porta o cocô à sua espera para limpar. “Segue a minha rotina de sempre. Toda semana cocô do cachorro dos outros na minha grama”.
Em seguida o mesmo morador postou os seguintes questionamentos, “devo mais uma vez pedir as imagens da câmara que nunca me entregam? Devo contar com a educação do vizinho? Devo fazer de conta que não vejo e pisar sem querer? Devo fazer de conta que não tá fedendo e cheirar como se fosse perfume até me acostumar com o cheiro?”.
E como no ditado popular, pimenta nos olhos dos outros é refresco, nos meus olhos ardem, em uma postagem há quem critique o morador por expor a situação. “Em que mundo estamos em querer prejudicar uma comunidade por um problema seu?”, questionou.
Uma outra moradora também “presenteada” em sua porta com fezes do melhor amigo do homem relatou, “essa será a última vez que limpo. Na próxima vez jogarei na rua e a administração do Condomínio que se vire para limpar”. A provável falta de educação não ecoou bem no grupo, mas o que fazer para resolver esse impasse? Vale ressaltar que o Condomínio possui câmeras de vídeos monitoramentos e com certeza ela será flagrada jogando a sujeira na rua. Algo que ainda não aconteceu com o infrator, não o cachorro, mas o seu dono(a).
Em uma postagem , “recomendo ao senhor ler as normas e convenções e assim poderá ter inteira noção dos direitos e deveres do condomínio e morador”. Tudo leva a crer que a vítima é quem deverá ser punida. Em prática, quando o rico mata o pobre, o defunto é quem vai preso.
Com a situação sem solução, um morador já se dispôs a aumentar as suas despesas mensais e está à procura de uma pessoa para fazer a limpeza do cocô do cachorro em sua porta.
Aguardem os próximos capítulos.
Por Luiz Tito