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domingo, 16 novembro, 25
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 A noite em que um repórter fotográfico virou “ET” na BR-324

Relato de Luiz Tito narra aventura inusitada na Bahia de 1999, destacando a falta de comunicação em emergências.

Luiz Tito, o saudoso Geraldo Lima e Hélio Porto enfrentaram quatro horas de escuridão e confusão após um imprevisto na estrada; flashes da câmera foram confundidos com luzes alienígenas.

​A viagem de volta de Salvador para Feira de Santana, em 1999, transformou-se em uma aventura noturna e involuntária para o repórter fotográfico  Luiz  Tito , o saudoso jornalista Geraldo Lima e o engenheiro agrônomo Hélio Porto. O trio, que havia finalizado uma reportagem com o Crea-BA, viu seu retorno interrompido quando o Fusca do doutor João Falcão quebrou na altura do acesso a Santo Amaro. Era fim de tarde e o cenário da antiga BR-324, sem pedágio e sem estrutura, expôs a precariedade da comunicação: celulares eram raridade e sequer havia um orelhão para pedir socorro.

​Imprevisto e solução criativa

​Diante do imprevisto, a decisão foi seguir a pé, buscando carona ou um ônibus. A escuridão da estrada era cortada apenas pelos faróis dos veículos, que, ao invés de pararem, aceleravam ao avistar os três vultos. A situação piorou quando  Luiz Tito, na tentativa desesperada de chamar a atenção, usou o flash de sua câmera. Os disparos luminosos, inofensivos em um estúdio, riscavam a noite e eram interpretados pelos motoristas como algo ameaçador.

​A caminhada durou cerca de quatro horas, culminando em um posto de combustíveis em Amélia Rodrigues. Ali, ao fazerem contato com o dono do veículo quebrado, o grupo descobriu a proporção da confusão. Motoristas relataram ter visto “bichos” e “seres estranhos tipo ETs” na rodovia. O que era apenas um flash de câmera, na escuridão e no susto, foi transformado em um fenômeno ufológico, restando aos exaustos viajantes apenas o riso diante das versões.

​O episódio, além de cômico, ressalta a importância da fotografia não apenas para registrar o belo, mas para solucionar problemas inesperados. Como o próprio Luiz Tito define: “O bom fotógrafo não tira fotos; ele eterniza momentos” e “Ser fotógrafo é ter o poder de parar o tempo com um clique”.


 

 

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