Os desafios que vereadores de Feira de Santana estão fazendo a outros lembra o comportamento de crianças que, quando se desentendem dentro da sala de aula, prometem se encontrar na saída da escola para o acerto de contas.
Nobres vereadores estão deixando o decoro parlamentar à entrada da Casa ou do plenário ou quando sobem ao púlpito. E estão cada vez mais irônicos ao tratar uns aos outros de ‘excelência’ enquanto desanca o adversário de momento.
Lulinha da Conceição já foi avisado, ou desafiado, duas vezes para briga e que fora do plenário o caldo entornaria para ele. Graças a intervenção de terceiros, as ameaças foram esquecidas ou não passaram de bravatas para divertir os presentes à galeria da Casa.
Na mais recente, oposicionista Paulão do Caldeirão fez o mesmo desafio para o governista Zé Carneiro, que, em discurso, afirmou que a presidência da Câmara não tinha preparo emocional para o cargo. A sessão estava sendo presidida por Paulão – não se sabe se Zé se referiu a ele.
Antes, trocaram uma série de ‘carinhos’ denunciantes. Irritado, Paulão derramou água fervendo do seu caldeirão sobre os pés de Carneiro, acusando, sem apresentar provas, de desonestidade, quando ele esteve à frente da presidência da Casa. Chamando-o de ladrão.
Zé Carneiro, que antes ‘debateu’ com o não menos encrenqueiro Edvaldo Lima, acusou, também sem apresentar provas, o ‘colega’ Paulão de assedio contra uma empregada. “Eu vou dizer a vossa excelência quem foi que assediei”, respondeu o acusado. Não se sabe se houve esta conversa depois da sessão.
Como diz o nobre e digníssimo presidente da CQL, excelentíssimo Denivaldo Santos, a Casa da Visconde pega fogo. E não é na dor de dente.
Por Batista Cruz