O Sindicato dos Bancários realizou na manhã desta quinta-feira (21), um ato em frente a agência do Bradesco Regional, para alertar sobre os riscos de suicídio na categoria. O ato integra as atividades da Campanha do Setembro Amarelo.
O sindicato também percorreu as ruas distribuindo panfletos informativos e um kit com doce e um laço representativo do setembro amarelo. Um carro de som ficou em frente à agência onde os diretores se revezavam em discursos voltados à conscientização da categoria e dos clientes sobre a prevenção ao suicídio. Estiveram presentes no ato representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do 3º Grau do Estado da Bahia – que representa os servidores técnicos administrativos da Uefs, CTB, imprensa, bancários e sociedade em geral.
“Nós apoiamos a campanha Setembro Amarelo, que alerta a população para a prevenção ao suicídio. O maior objetivo é oferecer apoio a quem precisa. É cada vez maior o número de casos de depressão entre os bancários. É uma categoria que adoece bastante devido a excesso de trabalho, metas abusivas, cobranças constantes por resultados, assédio moral e pressão que fazem parte do cotidiano dos bancários e aumenta assim os casos de suicídio. É de suma importância falarmos sobre o assunto”, disse o presidente do Sindicato, Eritan Machado.
Como identificar sinais de alerta de suicídio
A campanha é uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
Os sinais de alerta nem sempre são óbvios e podem variar de pessoa para pessoa. São apenas sinalizadores, não o diagnóstico em si, podendo nem estarem presentes e não indicarem necessariamente risco de suicídio. Mas como são comumente associados ao perfil, vale a pena serem observados e conhecidos. Algumas pessoas deixam suas intenções claras, enquanto outras mantêm os pensamentos suicidas e sentimentos ocultos.
Os sinais de alerta de suicídio ou pensamentos suicidas incluem: Falar sobre suicídio – por exemplo, fazer declarações como “Eu vou me matar”, “Eu gostaria de estar morto” ou “Eu queria não ter nascido”; ausência ou abandono de planos futuros, desesperança; obter os meios para tirar sua própria vida, como comprar uma arma ou estocar comprimidos; isolar-se do contato social e querer ficar sozinho; apresentar mudanças de humor, como ser emocionalmente eufórico um dia e profundamente desencorajado noutro dia; aumento ou mudança do padrão de uso de álcool ou drogas; fazer coisas arriscadas ou autodestrutivas, como usar drogas, dirigir imprudentemente ou buscar brigas ou confusões perigosas; dizer adeus às pessoas como se não fosse vê-las novamente;
O CVV é uma associação civil sem fins lucrativos, que presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo e anonimato.
Fotos: Luiz Tito
.
