Muita gente não sabe, mas cerca de 80 por cento das causas de cegueira no mundo podem ser prevenidas ou tratadas. Isso significa que, de 100 pessoas com cegueira adquirida, pelo menos 80 poderiam ter evitado.
Os números são da Organização Mundial da Saúde e chamam a atenção para o que o especialista em Catarata, Amilton Sampaio, ressalta como fundamental para esta prevenção: a avaliação regular do médico oftalmologista. O mês de abril é marcado por campanhas que incentivam e conscientizam a população sobre a importância desta prevenção, bem como o combate às diversas causas de cegueira.
O ABRIL MARRON, como é chamado, traz consigo números considerados alarmantes no que diz respeito ao número de pessoas com cegueira ou algum tipo de deficiência visual grave, uma vez que, como salientou Amilton Sampaio, a maior parte de suas causas poderiam ter sido evitadas.
Para se ter uma ideia, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de brasileiros com deficiência visual é de cerca de 6,5 milhões. Um estudo do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) sobre “As Condições da Saúde Ocular no Brasil 2019″, mostrou que a cegueira atingia 1,577 milhão de brasileiros (0,75% da população), sendo que 74,8% dos casos teriam prevenção ou cura, o que significa que essas pessoas poderiam estar enxergando, se tivessem recebido tratamento apropriado a tempo.
Conforme o médico oftalmologista, referência em catarata na Bahia, Amilton Sampaio, as principais causas da cegueira em adultos são a catarata, o glaucoma, a degeneração macular relacionada à idade (DMRI) e a retinopatia diabética.
As pessoas com diabetes têm risco maior de perder a visão caso não façam acompanhamento adequado junto a um especialista, de forma periódica. “Mas, lembro, são causas que podem ser evitadas ou tratadas. É preciso sim conscientizar a população da necessidade desse acompanhamento por meio das visitas ao seu médico oftalmologista”, frisou Amilton Sampaio.
Dr. Amilton apresenta alguns dados, os quais, segundo ele, podem ter piorado ainda mais durante a pandemia por conta do medo de muitos pacientes, principalmente idosos, de saírem de casa para as consultas rotineiras ou mesmo adiaram procedimentos que poderiam ter evitado problemas como a catarata mais avançada ou o próprio glaucoma, além das implicações da glicemia elevada (diabetes) ou descompensada para a saúde dos olhos.
Pesquisas recentes mostram que um em cada três brasileiros admitiu não ir ao consultório de um especialista e entre os que costumavam ir, 34% informaram que a última consulta foi há dois anos ou mais. Somente cerca de 40% realizaram outros exames e não apenas o teste para medir grau de lente de correção.
“A gente espera que o Abril Marron realmente venha abrir os olhos de quem ainda resiste a procurar o médico oftalmologista como meio de prevenção, afinal o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para que o paciente possa manter uma boa visão ao longo de toda a vida”, frisou Amilton.
Texto: Adriana Matos & Cristiane Melo – *Agência Viver Mais Comunicação Integrada*
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