A saída do estandarte da APLB pelo protão do estacionamento da Prefeitura de Feira de Santana, por volta das 16h, indicou o fim da ocupação, ou invasão, a depender do ponto de vista, do prédio, iniciada por volta do meio-dia de quinta-feira 31.
Se abraçavam. Pareciam comemorar a resistência. Os professores foram intimados, pela Justiça, a deixar o prédio. Caso contrário, além da multa, a decisão autorizada o uso da força policial na desocupação.
Algumas pessoas choravam, sob palavras e frases de ordem contra o governo municipal. Era o fim de um dos episódios mais marcantes de uma greve de professores, marcada pela violência e guerra de narrativas, de ambos lados.
A categoria também não conseguiu seu objetivo, que era debater a pauta de reivindicações com o prefeito Colbert Filho, que não aos professores., que decretaram greve geral ontem e prometem continuar com o movimento por tempo indeterminado.
A diretora da APLB, Marlede Oliveira, disse que uma assembleia na próxima segunda-feira, pela manhã, vai definir os rumos do movimento. De tudo, uma única certeza: “a greve não acabou”. Comentou que os professores vai continuar esperando resposta do governo.
Algumas dezenas de professores subiram ao Salão Nobre com o intuito de forçar a abertura de negociações com o governo municipal, que não os atendeu. Ao contrário: mandou a guarda municipal desocupar o Paço Municipal Maria Quitéria.
Os agentes tentaram duas vezes, sem sucesso: na noite de quinta-feira e na manhã de sexta-feira. Um dos resultados foram denúncias de feridos de ambos os lados. Imagens exibidas nas mídias sociais mostraram, em tempo real, o que acontecia no prédio.
Fotos: Luiz Tito
Texto: Batista Cruz